Breve apresentação da vida da Bem-aventurada Mãe de África, Maria Teresa Ledochowska (1863-1922), fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Pedro de Claver.
Maria Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de Abril de 1863, na Áustria. Durante toda a sua vida, Maria Teresa nunca teve uma saúde de ferro, no entanto, o seu estado de saúde foi piorando com o passar dos anos.
A travessia da Primeira Guerra Mundial tinha minado o seu corpo, já de si exausto, ao ponto de a obrigar a períodos de repouso e de convalescença. O seu espírito, no entanto, permaneceu sempre forte. Nunca se rendeu.
Novos projectos, novos empreendimentos esperam tornar-se realidade. Tudo isto lhe exige um esforço sobre humano. Nos primeiros meses de 1922 a sua saúde deteriora-se rapidamente. Aos males habituais juntaram-se outros. Atingida por uma inflamação intestinal, tem dores e náuseas enormes e é obrigada a ficar acamada.
No entanto, sem nunca se render, continua a escrever até à véspera da sua morte.
Todos os dias recebe a visita do seu irmão, o Padre Vladimiro. No dia 5 de Julho de 1922, uma Irmã levou-lhe o último número do Eco de África.
Às primeiras horas da manhã do dia seguinte, acorreu à sua cabeceira, o pároco de Santa Maria Maior, que abençoou, em seu nome, todos os presentes, com o crucifixo do seu rosário. De repente, o rosto de Maria Teresa iluminou-se. Os seus lábios mostraram repetidamente um sorriso e uma expressão de alegria transfigurou a sua fisionomia.
Às 5:25h do dia 6 de Julho de 1922, Maria Teresa Ledochowska – a Mãe de África, como lhe chamavam –, termina a sua existência terrestre. Franqueia as portas da eternidade. O seu corpo – consumido pelas fadigas, pelos sofrimentos e pela doença – é exposto e velado na casa mãe das Missionárias Claverianas (Ordem de S. Pedro de Claver).
Nas exéquias solenes participaram muitas personalidades, entre as quais D. Angelo Roncalli (futuro Papa João XXIII), como representante da Propaganda Fide.
No dia 19 de Outubro de 1975, durante o Ano Santo, precisamente por ocasião da Jornada Missionária Mundial, o Papa Paulo VI proclama Bem-aventurada a Madre Maria Teresa, juntamente com outros grandes três missionários.
Naquela ocasião recordou que «todos estamos de uma forma ou de outra comprometidos no esforço missionário. A missão é uma tensão que envolve todos os fiéis, um cristão não pode dizer que não lhe diz respeito, pois seria insensível ao seu próprio e pessoal dever fundamental; seria talvez um desertor. Cristo crucificado quer TODOS na acção missionaria». E indicava justamente nos recém-proclamados bem-aventurados “os genes”, “os heróis”, “os modelos” da acção missionaria, definindo Maria Teresa Ledochowsca como autêntica pioneira da evangelização e da promoção do homem seu do o espírito do Evangelho.
Em 2022 comemorou-se o centenário do nascimento para o céu da Bem-aventurada Maria Teresa Ledochowska (1922 – 2022).